Imagino que possa começar, dizendo que o meu cachorrinho ( ainda não tinha decidido um nome para ele ), morreu. Não vingou, como dizem por aí. Aparentemente, alguma má formação no coraçãozinho dele. Fiquei sabendo, logo que pisei em casa voltando de uma festa de aniversário. Na hora, não soube como encarar... Apenas sabia que ele não estava mais aqui, pois o veterinário já o havia levado. Apenas fui para o meu quarto... No momento, pensei querer estar bêbado de fato, mas me dei por conta que se estivesse, aquela noticia cortaria o barato em meio segundo. Só me restou tentar dormir. Embora achasse pouco provável que o conseguisse fazer. Tive várias entradas e saídas do meu sono. Sempre pensando no cachorrinho. Posso soar dramático aqui, mas me apeguei demais ao bichinho. A festa que ele fazia quando eu chegava, em tão tenra idade e em tão pouco tempo de convívio... ele corria em círculos, tentava morder minha perna com sua pequena boquinha, via que não conseguia e começava a lamber, dava mais um pulinhos, vinha correndo desengonçado, quase que rebolando e sinalizando com as patinhas, com aquele latidinho de bebe novinho...entravamos no meu quarto e ele se aninhava na primeira peça de roupa que jogava no chão e ali ficava, apenas esperando eu levantar para começar tudo de novo. Ele me conquistou, sentia uma ternura muito grande por ele. Talvez pela historia triste que ele teve, o cartaz com a camisetinha escrita “amo você”, foram coisas que vão ficar gravadas na minha mente. Ele estava feliz. E do mesmo jeito que essa felicidade veio, foi embora....e tenho certeza que ele não entendeu nada. As vezes, prefiro que ele não tenha tido consciência do que aconteceu....minha mãe o achou tendo convulsões no chão. Sozinho. E assim ele foi embora, espero que ele tenha se sentido amado. Passei o dia de sábado meio assim, até que conversando com uma amiga pelo MSN, estourei....
